quarta-feira, 22 de julho de 2015

Ela tinha a estranha ilusão de que ele pensava nela
Da mesma maneira como ela pensava nele
Ela tinha essa equivocada certeza
De que ele sentia por ela
o mesmo que ela sentia por ele
De maneira tão real e verdadeira
Ela se enganava todos os dias
Como era bom imaginar e sentir-se amada por alguém
Protegida, observada
Todos os dias ela se sentia cercada por esse amor
Palavras ecoavam em seus ouvidos
Promessas de amor eterno, juras de uma vida juntos
Olhos nos olhos
lábios entreabertos
sussurros e suspiros
Toda noite quando se deitava em sua cama
Isso era tudo o que vinha à sua mente fantasiosa
Ela adorava imaginar tudo isso e se sentir amada
Isso era suficiente pra ela ser feliz
Sabia dar tempo ao tempo
Sabia que com o tempo tudo se resolveria
Ele descobriria sua existência e com apenas um olhar se apaixonaria
Precisava apenas aguardar pelo momento certo
O momento em que suas vidas se cruzassem
Bastaria apenas um olhar...
Ele saberia que ela era dele
Assim ela pensava
Foi assim com João, Pedro, Luiz...
Com todos os seus amores platônicos
Amores adolescentes, nascidos na inocência, na ânsia de ser feliz como todo mundo
De tempos em tempos...

Débora Garcia

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